Todos sabemos que os travões são fundamentais para a segurança automóvel. Um carro sem travões torna-se num veículo descontrolado e é quase impossível acabar bem. Mas as questões fundamentais que nos devemos colocar são:
A boa notícia é que os problemas dos travões dão sinais ao longo tempo. Hoje vamos explicar:
Os problemas nos travões devem-se quase sempre ao desgaste de três componentes principais:
As pastilhas do travão
Ajudam a travar através da fricção contra o disco dos travões. Desgastam-se naturalmente ao longo do tempo, em particular se tiver uma condução competitiva, pautada por travagens bruscas, ou se passar muito tempo no “para-arranca” do trânsito. Se as pastilhas estiverem gastas, irá notar alterações na trajetória da travagem.
Os discos do travão
São essenciais para uma condução segura. Podem ficar empenados e estragar-se devido ao desgaste, sobreaquecimento, rachas ou fissuras. Pode observar o aspeto dos discos pelas jantes: enquanto estão novos são brilhantes, mas com o tempo vão-se deteriorando. Em particular, deve prestar atenção à espessura que estes apresentam, sendo que para isso se deverá dirigir a uma Oficina e fazer um check up aos travões.
O líquido dos travões
Também conhecido como óleo dos travões, é responsável por transmitir a informação do pedal para o cilindro, do cilindro para as pinças e daí para as pastilhas, que finalmente param as rodas. Um nível baixo de líquido, o envelhecimento ou a acumulação de humidade deste componente influenciam o desempenho da travagem.
Os problemas com os travões não acontecem, regra geral, de forma repentina. Qualquer avaria é fruto do desgaste acumulado e, por isso, os carros dão sempre sintomas. As travagens tornam-se cada vez mais desequilibradas ou descontroladas. Pode detetar problemas facilmente se observar a trajetória da travagem. Aqui estão 5 alterações a que deve prestar atenção:
A distância de segurança é fundamental para evitar acidentes na estrada. Mas se a distância habitual não é o suficiente para o seu carro parar completamente, os travões precisam de ser revistos. Enquanto não chega à oficina, tenha cuidado para guardar mais espaço entre o seu carro e os restantes.
Se nota que precisa de fazer mais força no pedal para travar, isso é um sinal de que o sistema de travagem precisa de uma reparação. É possível que tanto as pastilhas do travão como os discos precisem de ser substituídos. Leve o seu carro à oficina para resolver o problema e prevenir avarias mais graves.
Se o travão vibra (e, muitas vezes, a vibração propaga-se até o volante!), o mais provável é que os discos dos travões estejam “empenados”. Felizmente, a solução é simples e rápida: trocar os discos. É incrível como um serviço tão simples pode tornar o seu carro imediatamente mais seguro, não é?
Se o seu carro chia ao travar, é muito provável que as pastilhas estejam gastas (menos de 3 mm de espessura). O desgaste das pastilhas faz com que os discos toquem no indicador e é isso que cria o som agudo. No entanto, o problema também pode estar nas jantes e neste caso é preciso verificar as rodas e os pneus para ter a certeza absoluta.
Nos carros mais recentes, há uma luz no painel que simboliza o sistema de travagem. Quando este sinal acende, ou precisa de trocar as pastilhas ou o líquido dos travões. No último caso, tenha bastante atenção, pois não deve misturar líquidos de tipologia diferente (DOT 3, DOT 4 ou DOT 5). Se não tem a certeza do tipo de líquido que deve escolher ou não sabe como realizar este procedimento, o melhor é procurar uma oficina.
Não há nenhum truque mágico para evitar o desgaste dos travões. É normal que as pastilhas e os discos dos travões se desgastem com o tempo, por isso só há duas palavras a reter: manutenção e revisão. Desde que fique atento aos sinais que mencionamos acima e que faça revisões periódicas ao carro, não terá problemas significativos com o sistema de travagem. Recomendamos também que siga as seguintes boas práticas:
Adotar uma condução defensiva é a melhor maneira de aumentar a vida útil das pastilhas dos travões, dos discos e dos próprios pneus. Uma condução cuidadosa, que antecipa as manobras e as travagens, evita mais o desgaste do que uma condução agressiva.
Deve trocar as pastilhas dos travões a cada 30 000 ou 40 000 km - tudo depende se adota uma condução defensiva e do tipo de travagens que faz. Se é habitual fazer travagens bruscas ou ficar muito tempo no “para-arranca” do trânsito, tem de trocar as pastilhas com mais frequência. Também é normal que as pastilhas da dianteira, que são responsáveis por 70% da travagem, se desgastem mais rápido do que as da traseira.
Em média, deve trocar os discos do travão a cada 80 000 km. No entanto, como isto também depende do estilo de condução, deve fazer inspeções regulares - a cada 20 000 km ou a cada 6 meses. Os sons agudos e as vibrações são sempre motivos de alerta.
O líquido dos travões deve ser trocado pelo menos a cada 2 anos, mesmo que o painel do seu carro não avise. Isto porque o líquido vai envelhecendo e pode surgir humidade no reservatório. Por sua vez, a humidade pode comprometer a travagem e pôr a sua condução em risco.
Por questões de segurança, deve fazer revisões ao seu carro pelo menos uma vez por ano. Durante a revisão, é normal que o mecânico faça um diagnóstico aos travões e, se for necessário, irá substituir as pastilhas e os discos. Depois, deve fazer um teste de condução e ficar atento ao pedal.
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